O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da União Geral dos Trabalhadores (UGT) critica a proposta do governo interino de desvincular benefícios previdenciários do salário mínimo. Para seu presidente, o urbanitário Natal Leo, eventual desvinculação do mínimo “nos traria risco de perder a reposição da inflação e também, pela lei atual, algum ganho decorrente do crescimento do PIB”.
Ele alerta que a resistência aos ataques a conquistas requer organização. Os passos estão sendo dados. “Estamos cuidando de organizar o Sindicato em todo o País. E uma das nossas metas é levar informações e orientações aos dirigentes. Dirigente formado em questões previdenciárias terá condições de prestar boa assistência aos associados”, comenta.
O Sindicato ugetista também integra o GT (Grupo de Trabalho) encarregado de elaborar documento a ser debatido com o governo interino. “Da nossa parte, vamos agregar propostas ao que está sendo produzido pelo coletivo de Centrais e o Dieese”, diz Natal Leo, que aponta diversos problemas na Previdência Social.
“Devemos acabar com as desonerações, que praticamente não geraram emprego e debilitaram ainda mais o caixa da Previdência”, ele diz. O presidente do Sindicato de aposentados da UGT também faz reparos à gestão do INSS, “por retardar providências e benefícios”. Ele ressalva, no entanto, perda de quadros no funcionalismo. “Muitos se aposentam, mas o Estado não repõe as vagas, provocando sobrecarga de trabalho nos Servidores remanescentes”, diz.
Conselhos - Para Natal Leo, a Previdência pode melhorar sua eficácia e assistência aos segurados. Ele aponta a ativação dos Conselhos atuais. “Existem mais de 90 Conselhos da Previdência. Porém, poucos funcionam. A retomada desses Conselhos traria grande agilidade na prestação de serviços”, observa.
Segundo o sindicalista, a falta de informação e orientação faz o segurado não utilizar adequadamente as ferramentas da internet. “Hoje, boa parte das dúvidas e mesmo muitos encaminhamentos podem ser feitos pelo site do Ministério da Previdência. Mas as pessoas preferem mesmo se informar no Sindicato. Daí, nosso empenho em bem formar dirigentes”.
Fonte: Agencia Sindical
23/06/2016