As duras críticas às Reformas da Previdência e Trabalhista, a chamada para uma possível greve geral e o Fora Temer. Estas foram as principais bandeiras levantadas durante a mobilização que reuniu cerca de 300 mil pessoas no Centro do Rio, nesta quarta-feira, 15, Dia Nacional de Paralisações, Mobilização e Luta contra a Reforma da Previdência.
Promovido pelas centrais sindicais, entre elas a União Geral dos Trabalhadores do Rio (UGT-RJ), e com o apoio de organizações da Frente Brasil Popular, o ato mostrou, conforme discurso de diversas lideranças, a força e a capacidade de unificação da classe trabalhadora.
Com a mobilização das entidades filiadas que responderam com a grande presença de trabalhadores dos mais diversos setores em frente à Igreja da Candelária, a UGT-RJ reivindicou, através de faixas, o fim da corrupção e do caixa 2, a retomada dos empregos, além do fim das reformas da Previdência e Trabalhista da forma como encaminhadas pelo Governo Federal, representando claros prejuízos à classe trabalhadora, em especial às mulheres.
Presidente da UGT-RJ, Nilson Duarte Costa destacou pontos polêmicos do texto da reforma da Previdência como a imposição da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres, além dos 49 anos de contribuição para o INSS, quando a maioria dos trabalhadores já deve estar morta.
“Não podemos nos calar, temos que defender, acima de tudo, todas as conquistas que obtivemos as duras penas até hoje. Temos que nos manter unidos e fortes, pois só assim eles vão parar para nos ouvir e suspender essas propostas”, protestou o presidente ugetista.
A manifestação contou com a participação de grupos de mulheres, estudantes, servidores públicos, professores, bombeiros, movimentos culturais, enfim, de homens e mulheres, além de crianças como a pequena Isabela que, aos 9 anos, foi uma das militantes que puxou o “Fora Temer” durante a caminhada da Candelária à Central do Brasil.
16/03/2017